A possibilidade de reinfecção pelo novo coronavírus é uma principais preocupações, principalmente em um período em que vários países estão identificando  a chegada de uma segunda onda da covid-19. No Brasil, pelo menos 40 pacientes estão sendo monitorados pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) com suspeita de reinfecção pela covid-19.

Destes, 28 são investigados em São Paulo e 12 em Ribeirão Preto, no interior de SP, onde um caso foi confirmado.

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Segundo informações do portal R7, em um mês, a unidade da capital paulista passou a analisar mais 12 suspeitas de reinfecção. Já em Ribeirão Preto não houve aumento.

Uma técnica de enfermagem de 24 anos foi reinfectada pelo coronavírus no intervalo de 50 dias. O primeiro diagnóstico positivo ocorreu em 13 de maio e o segundo, em 2 de julho.

Segundo a publicação, o HC de São Paulo considera que a reinfecção é apenas uma das possibilidades que podem explicar os sintomas e testes de diagnósticos positivos em dois períodos diferentes dos pacientes que estão sendo monitorados.

No entanto, é possível  que eles tenham sido infectados por outro vírus, que causaria confusão, porque haveria ainda fragmentos inativos do coronavírus que ficaram no corpo da pessoa após a primeira infecção ou pela longa permanência do vírus no corpo, com período de inatividade e posterior reativação.

Para confirmar um caso de reinfecção, é preciso sequenciar o material genético do vírus e verificar se existem diferenças entre o que foi encontrado na primeira e na segunda infecção.

A lentidão com que o novo coronavírus se transforma também complica o trabalho dos cientistas. A média é de uma a duas mutações por mês, segundo Lopes.

Há poucos casos confirmados de reinfecção pelo coronavírus até o momento. O primeiro deles foi relatado em Hong Kong.

A Holanda registrou nesta semana a primeira morte causada pela reinfecção pelo coronavírus no mundo. A paciente era uma idosa de 89 anos. Os efeitos da covid-19 foram agravados na segunda vez por uma forma rara de câncer de medula óssea.