O Twitter disse na segunda-feira que removeu mais de 900 contas que acredita terem sido feitas pelo governo chinês e estavam “deliberada e especificamente” tentando semear a discórdia política e minar “a legitimidade e as posições do movimento de protesto local”. O Facebook adotou postura semelhante. O chefe da política de segurança cibernética da rede social, Nathaniel Gleicher, afirmou em um post que a empresa também removeu cinco contas, sete páginas seguidas por cerca de 15.500 pessoas e três grupos com 2.200 membros combinados após uma investigação ter encontrado links para os chineses. Twitter e Face também aceitaram anúncios pagos de agências de mídia estatais chinesas, como China Daily e Xinhua. O Twitter disse que não aceitará mais publicidade de “entidades de mídia controladas pelo estado”. A nova política da empresa não afetará “entidades financiadas pelo contribuinte”, o que inclui emissoras públicas como a NPR (EUA) e a BBC (Reino Unido). Os protestos em Hong Kong surgiram por causa de um projeto de lei que teria possibilitado a extradição de pessoas para a China continental que muitas pessoas temiam que fosse usada para perseguir dissidentes.

(Nota publicada na Edição 1135 da Revista Dinheiro)