O homem mais rico de Hong Kong fez um apelo às autoridades e manifestantes para que interrompam a violência durante a onda de protestos que atinge a cidade há quase três meses. Em um anuncio publicado em diversos jornais locais nesta sexta-feira (16), Li Ka-shing pediu para que “em nome do amor, por favor, afastem-se da raiva”, em uma mensagens para ambos os lados do conflito.

Esta foi a 11ª semana consecutiva de manifestações em um dos principais centros financeiros da Ásia. Nesta segunda e terça-feira os manifestantes paralisaram o transporte público na cidade e ocuparam o aeroporto, ocasionando no cancelamento de mais de 200 voos.

Em nota para a CNN, Li ainda afirmou que é preciso atenção as consequências destes atos. “A estrada para o inferno é muitas vezes pavimentada com boas intenções”, disse.

Outros bilionários da cidade já haviam se manifestado, mas a adesão de Li, com fortuna estimada em US$ 27 bilhões, é vista como impactante pelos analistas do mercado financeiro.

A falta de perspectiva de como e quando as coisas acabarão gera um clima de instabilidade na região. Na semana passada, diversas empresas manifestaram preocupação com o impacto dos protestos em seus negócios. Hoje, a Cathay Pacific, a maior companhia aérea de Hong Kong, anunciou a saída do seu CEO em consequência do atual cenário.