Seja pela comodidade do lar ou possibilidade de vaga em empresas fora da cidade onde residem, os trabalhadores aderem cada vez mais ao home office, regime de trabalho em casa que ficou mais ‘famoso’ durante o período das restrições causadas pela Covid-19. Em diversas pesquisas, as profissões que mais aparecem na lista de vagas ofertadas para esse modelo são nas áreas de Comunicação e Tecnologia. 

“Acredita-se que hoje as áreas de Administração, de Comunicação e Tecnologia são as que tiveram melhor aceitação e adaptabilidade na modalidade home office e que continuam trabalhando de forma remota mantendo-se assim até hoje. Algumas profissões mais comuns de contratação neste regime, são: Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Jornalismo, Psicologia, Ciências contábeis, Administração e Publicidade e Propaganda”, ressalta Thyago Coutinho – Analista de Recrutamento e Seleção do CIEE RJ.

Teletrabalho, trabalho remoto e home office: afinal qual é a diferença?

Coutinho ainda destaca que há vantagens de sobra para o trabalhador que adota o home office: maior flexibilidade, economia financeira e de tempo, qualidade de vida por melhor gestão de tempo e cuidados com a saúde mental e física, otimização do trabalho e aumento da produtividade estão na lista.

“Os trabalhadores também se sentem beneficiados por evitar o transporte público, consequentemente não perdem tempo de deslocamento e tem mais segurança, se livraram de doses extras de estresse e cansaço, aproveitando o tempo de qualidade que ganham com a prática de exercícios físicos, cursos de capacitação e desenvolvimento, momentos em família e para realizar atividades domésticas”, explica o especialista do CIEE.

Para Gabriela Mative, diretora de RH da Luandre, de maneira geral, não há contras para o modelo de trabalho em casa. “Mas sim uma necessidade de adaptação para aqueles que estão acostumados ao trabalho presencial, uma vez que o trabalho remoto exige ainda mais foco e organização para cumprir as tarefas diárias”, avalia.

Para a Luandre, os cargos mais procurados são:

  • Programadores e Desenvolvedores;
  • Gestores de Mídias Sociais; 
  • Profissionais de Marketing e Comunicação;
  • Consultores; 
  • Atendentes;
  • Gestores de Dados;
  • Professores.

 

Riscos no Brasil 

Embora pareça tendência, outros cenários são avaliados. De acordo com uma nova pesquisa global do LinkedIn, as empresas estariam retrocedendo no progresso em áreas importantes da vida profissional, como trabalho flexível (82%), desenvolvimento de habilidades (88%) e bem-estar (88%).

“Os líderes que recuarem em relação ao trabalho flexível ou que que cortarem investimentos no desenvolvimento profissional de seus times correm o risco de desmotivar sua força de trabalho e dar margem para que esses profissionais busquem oportunidades mais atraentes”, defende Milton Beck, Diretor Geral do LinkedIn para a América Latina.