Por Eva Plevier

HAIA (Reuters) – Centenas de manifestantes marcharam contra a introdução do “passaporte de corona” na Holanda neste sábado, após prova de vacinação contra a Covid-19 se tornar obrigatória para entrar em bares, restaurantes, cinemas e outros estabelecimentos.

Horas após a exigência de mostrar o passe ou um teste negativo de coronavírus entrar em vigor, o governo do primeiro-ministro interino Mark Rutte demitiu uma ministra que havia questionado a medida em público.

O gabinete de Rutte afirmou que a vice-ministra de Assuntos Econômicos, Mona Keijzer, havia sido demitida porque seus comentários iam de encontro com a política do gabinete ministerial em um assunto de “tanta importância e peso”.

O lançamento do passe de vacinação coincidiu com o fim de quase todas as medidas de distanciamento social no país onde 72% da população recebeu pelo menos uma dose da vacina.

Embora o uso de máscaras ainda seja obrigatório no transporte público, estudantes e professores não precisarão mais utilizá-las nas escolas, e a regra para distanciamento de 1,5 metros em espaços públicos também foi cancelada.

Carregando cartazes e placas enquanto música techno tocava em alto-falantes de celulares, centenas de manifestantes se opuseram ao passe abrindo caminho pelas ruas de Haia, capital do governo holandês.

Algumas placas comparavam as restrições contra a Covid-19 a medidas impostas por governos repressivos. “Apartheid médico. Acabe com os passaportes de vacina”, dizia um cartaz.