Um soldado japonês que se escondeu na selva e se recusou a se render até 29 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial. Hiroo Onada foi um dos últimos de muitos chamados “resistentes” espalhados pela Ásia que se recusaram a se entregar depois que o imperador japonês Hirohito se rendeu aos Aliados em 1945.

O soldado se tornou um herói de guerra no Japão depois de se esconder na ilha filipina de Lubang até março de 1974. Ele só se entregou depois que seu ex-comandante voou e reverteu suas ordens de 1945, que o instruíram a espionar as tropas americanas.

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O Japão tinha várias dezenas de outros homens que ficaram em várias partes da Ásia muito depois da guerra.

A maioria das tropas japonesas se rendeu quando as forças americanas desembarcaram em Lubang em fevereiro de 1945. Depois que partiram, o maior desafio de Onaoda foi a sobrevivência. Ele roubou arroz e bananas de moradores e atirou em suas vacas para fazer carne seca, de acordo com a Associated Press.

Quando Onoda se rendeu ao presidente filipino Ferdinand Marcos, ele usava seu uniforme imperial de 30 anos, completo com boné e espada, todos em boas condições.

Em uma entrevista de 1995, ele disse: “Não considero esses 30 anos uma perda de tempo. Sem essa experiência, eu não teria minha vida hoje”.

Agora, sua experiência foi contada no filme épico, com três horas de duração, “Onoda: 10 Mil Noites na Selva”, de Arthur Harari, que foi aclamado pela crítica e é motivo de polêmica desde sua estreia no Festival de Cannes, na França, em 2021.

O filme entrou em cartaz no Reino Unido e na Irlanda em 15 de abril. A estreia no Brasil está prevista para agosto de 2022.