Um negócio de R$ 1,5 bilhão que movimentou o setor de saúde privada do país durante vários meses chegou ao desfecho. Na quarta-feira (19), a Hapvida, gigante de serviços médicos hospitalares e de planos de saúde, concluiu a operação que dá a sua subsidiária Ultra Som Serviços Médicos o controle do Grupo Promed, empresa de destaque do setor de saúde de Minas Gerais, da qual faz parte o Hospital Vera Cruz, um dos mais tradicionais da capital mineira. A organização do negócio teve a participação do Banco Máxima, player cada vez mais presente em grandes operações de diferentes setores, de energia a educação e turismo.

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Para o Banco Máxima, a compra das operações do Grupo Promed, composto de dois hospitais e sete clínicas de atendimento primário e três operadoras de saúde, deve trazer “resultados extraordinários”. “Temos focado em operações específicas e pontuais que entendemos que serão geradoras de resultados extraordinários para a instituição e para os nossos clientes”, diz o presidente do banco, Daniel Vorcaro. “No nosso segmento de operações especiais não queremos ter centenas de operações, mas poucas que temos convicção de seu sucesso.”

Estratégia

O Banco Máxima vem focando na estruturação de negócios de peso sem buscar atuação concentrada em determinado setor da economia. A instituição projeta que, a despeito da crise econômica, multiplicou sua receita por cinco desde 2018, chegando a R$ 1 bilhão no ano passado.

Durante esse período, o Máxima adquiriu recentemente o banco de investimentos Vipal, em busca da ampliação de seu leque de atuação. A operação ainda está sob análise do Banco Central.

No caso da operação envolvendo a Hapvida, o Máxima atuou como assessor do plano de saúde Promed, e acompanhou todo o processo, que foi aprovado primeiro pelo Cade e depois pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, última etapa para chancelar o processo, concluído na quarta-feira.

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