Os acionistas da Americanas aprenderam da pior maneira o significado da palavra desconto. Em três dias as ações caíram 11,6% e o valor de mercado da empresa de varejo encolheu R$ 3,5 bilhões. A causa foi sua escancarada fragilidade digital. Seu site e os das afiliadas Submarino e Shoptime permaneceram fora do ar por cinco dias devido a um ataque hacker. A empresa afirmou que “suspendeu proativamente parte dos servidores do ambiente de e-commerce (…) assim que identificou acesso não autorizado”. O problema começou no sábado (19) e só foi parcialmente resolvido na quarta-feira (23). O Procon de São Paulo pediu explicações sobre as perdas e o quanto esses problemas afetariam os consumidores.

Receita do Assaí bate recorde

O reconhecimento de créditos fiscais e a aceleração de abertura de lojas turbinaram os resultados da rede de atacarejo Assaí no quarto trimestre de 2021. A receita trimestral foi recorde: R$ 11,55 bilhões, alta de 8,1% na comparação com o mesmo período de 2020. O lucro cresceu 76%, para R$ 527 milhões. No acumulado do ano, o lucro líquido da rede foi levemente superior a R$ 1,6 bilhão, avançando 60,5% ante 2020. A receita foi de R$ 41,8 bilhões, alta de 16,5% sobre 2020.

Raízen impulsiona resultados da Cosan

A Cosan lucrou R$ 411,2 milhões no quarto trimestre de 2021, alta de 58,5% na comparação anual. O resultado foi beneficiado pelos números da Raízen. A produtora de açúcar e álcool lucrou R$ 1,21 bilhão no terceiro trimestre do ano safra de 2021/22. Isso compensou os números mais fracos da Rumo, cujo Ebitda caiu 45%, um desempenho abaixo das expectativas. O que piorou os resultados foi a queda do volume de grãos transportado, devido à quebra de safra do milho e aumento dos custos.

Lucro do Inter cresce 1.000%

O lucro líquido ajustado do Banco Inter no quarto trimestre foi de R$ 78 milhões, um salto de mais de 1.000% frente a 2020. O banco abriu 2,9 milhões de contas no trimestre. A média diária foi de 31,5 mil, a maior da série histórica do banco. Isso elevou a receita de serviços para R$ 453,5 milhões, avanço de 140% na comparação com igual período de 2020. A receita de crédito aumentou 123%, para R$ 560 milhões, porque a carteira de crédito alcançou R$ 18,6 bilhões, crescimento de 97%.

Números do Nubank desagradam mercado

O primeiro balanço do Nubank divulgado após sua abertura de capital mostra que a fintech conseguiu reverter parte do prejuízo registrado em 2020. No ano passado, a perda foi de US$ 162,3 milhões, menor que o prejuízo de US$ 171,5 milhões registrado em 2020. Porém, a fintech divulgou um resultado ajustado — definido como o lucro ou o prejuízo atribuível corrigido pelas despesas e pelo impacto tributário da remuneração baseada em ações do exercício — em que declarou ter lucrado US$ 6,6 milhões em 2021, após ter sofrido um prejuízo ajustado de US$ 26,8 milhões em 2020. Com ou sem ajuste, o resultado desapontou
o mercado. Os BDRs negociados na B3 fecharam na mínima do dia, a R$ 6,31 com queda de 16,8%

JSL tem melhor desempenho da história

A empresa de logística JSL faturou R$ 5,1 bilhões e lucrou R$ 273 milhões em 2021, crescimentos de 58% e 565% ante 2020, respectivamente. Segundo o presidente Ramon Alcaraz, a companhia soube aproveitar o crescimento das entregas de itens de consumo rápido devido à pandemia e das exportações de commodities. A JSL também se beneficiou das cinco aquisições realizadas nos últimos 12 meses.
Isso permitiu compensar a alta dos custos, especialmente diesel. “Tivemos de renegociar vários contratos, mas isso nos permitiu vender mais serviços”, disse Alcaraz.