O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, celebrou nesta terça-feira o acordo entre Rússia e Turquia para a criação de uma zona desmilitarizada na província rebelde síria de Idlib, o que dá “um alívio a milhões de civis”.

Este acordo deverá “evitar uma operação militar de grande escala” na região, destacou Guterres, que apelou a “todas as partes na Síria a aplicar este acordo e garantir acesso humanitário seguro e sem obstáculos a todas as zonas e por vias mais diretas” em uma província onde vivem três milhões de pessoas.

Segundo o acordo de Sochi, será estabelecido um corredor de 15 a 20 km de largura até 15 de outubro do qual todos os combatentes jihadistas deverão se retirar, abrindo caminho para que patrulhas turcas e russas controlem a área.

O presidente russo, Vladimir Putin, e o líder turco, Recep Tayyip Erdogan, acordaram esta “zona desmilitarizada” na véspera, evitando uma ofensiva do regime de Damasco contra este último reduto rebelde da Síria.

Esta zona será controlada pelas forças turcas, assim como pela polícia militar russa, enquanto todas as armas pesadas “de todos os grupos opositores” deverão ser retiradas.

A ONU havia advertido que uma ofensiva contra Idlib desencadearia uma catástrofe humanitária e, possivelmente, um dos piores banhos de sangue nos sete anos de guerra na Síria.