A Warren obteve R$ 300 milhões. Como esses recursos serão usados?
Na Warren temos dois grandes segmentos voltados para o consumidor final e um segmento para clientes maiores. Vamos ampliar nossas atividades de atacado. Um terço do aporte, que obtivemos em uma rodada liderada pelo fundo soberano de Singapura, será destinado à aceleração do braço B2B da empresa, a Warren for Business. Ele é destinado a consultores e planejadores financeiros.

Por que acelerar os agentes autônomos?
O foco será o planejador financeiro com certificação apropriada, que não pode fazer indicação, mas pode ajudar o cliente a se planejar. A queda dos juros tirou muitos investidores da zona de conforto e aumentou a demanda pelo trabalho dos agentes. Vamos montar um sistema para eles operarem como grandes empresas.

Como vocês vão incentivar a mudança nesse mercado?
Criamos um selo de qualidade para operação, com três pilares. O primeiro é a transparência para com o cliente. O segundo é a independência, pois o agente é diferente do banco e da corretora. E o terceiro é a parceria dos agentes com a Warren.

Por que esses programas são necessários?
Os juros permaneceram altos por muito tempo e isso dificultou o surgimento de uma cultura de investimentos no Brasil. Quando as taxas caíram, os investidores perceberam que precisavam de ajuda, e foram buscá-la. Nesse ambiente, o agente tem de conseguir trazer novidades que não se encontram nos bancos. Não é só orientação: ele terá de ter uma estrutura tecnológica para construir sua marca e prospectar clientes, fazendo isso com governança. É aí que nós entramos. Vamos ajudar a colocar a mão na massa.

Qual a expectativa de crescimento?
O braço B2B responde atualmente por 20% dos R$ 5 bilhões geridos pela Warren. Queremos chegar a R$ 200 bilhões em cinco anos de modo que 60% sejam no segmento B2B.

Qual o prazo desse programa?
O programa de capacitação não tem um prazo definido. Dependerá de caso a caso. Não só para quem está começando como para quem já está andando. Trata-se do primeiro programa da Warren que visa apoiar a operação de cada parceiro, preservando sua independência e auxiliando-os na alocação dos seus recursos de maneira estratégica e eficiente.

CAPTAÇÃO DOS FUNDOS

Em maio, a indústria de fundos no Brasl captou R$ 103 bilhões líquidos. O saldo positivo entre aplicações e resgates foi inferior aos R$ 116,7 bilhões em abril, mas manteve o ritmo de crescimento das carteiras. E, diferentemente do que tem ocorrido, todas as categorias de fundos registraram saldo positivo no mês. Em termos absolutos a maior captação foi dos fundos de renda fixa, que receberam R$ 38,7 bilhões líquidos. Em termos relativos, a maior captação foi dos fundos de ações, cujo patrimônio cresceu 4,37%.

EM ALTA
3,4%

Foi o aumento do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em maio, superando os 2,22% de abril, conforme dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). Com esse resultado, o índice acumula alta de 14,13% no ano e de 36,53% em 12 meses. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 4,2% em maio, ante 2,9% em abril. Mais uma vez, a alta foi resultado dos preços das commodities. As maiores altas foram da cana-de-açúcar, que subiu 19,3% em maio ante 2,75% em abril, e do minério de ferro, que subiu 17,03% em maio ante 4,63% em abril.

EM BAIXA
2,91% 

Foi a queda da moeda norte-americana em junho, até a quarta-feira (9). Nesse período, o dólar recuou de R$ 5,23 para R$ 5,08. As cotações haviam chegado a um mínimo de R$ 5,03 na sexta-feira (4), patamar mais baixo de 2021. Porém, elas se valorizaram um pouco devido à alta inesperada da inflação medida pelo IPCA, que foi de 0,83% no mês de maio. No mês passado, o dólar já havia se desvalorizado 3,17% em relação ao real. Com essas oscilações, a taxa de câmbio ronda os R$ 5,00, após haver se aproximado de R$ 5,84 em março.