Veterano da Guerra do Vietnã, Edward Vick é um combatente em nome da publicidade. Presidente mundial da Young & Rubicam, agência do grupo WPP, ele prega a agressividade como forma de enfrentar um momento difícil, com a atual desaceleração na economia americana. Partindo para o ataque, Ed Vick acredita que, mesmo com cenário desfavorável, conseguirá, em 2001, crescer em 15% o lucro de sua companhia, cujas 340 agências em 73 países faturaram US$ 13,8 bilhões no ano passado atendendo a clientes como Citibank, Colgate-Palmolive, MetLife, Xerox, entre outros. Confira a seguir trechos da entrevista concedida à DINHEIRO:

Economia mundial. ?O cenário não é animador. A economia está debilitada. Deverá crescer 3,9% em 2001, comparada com uma estimativa de 5% em 2000.?

Mercado brasileiro. ?Existem enormes oportunidades no Brasil, pois sua economia oferece menos risco do que há dez anos. As agências continuam vendo o País como um dos mercados mais importantes no mundo.?

Planos para o Brasil. ?Há três formas de expandir a operação: fazer os clientes crescerem, ampliar os negócios com clientes existentes e conquistar novas contas. A Young & Rubicam Brasil, que faturou R$ 356 milhões, está crescendo nas três frentes. Por exemplo, quando a nossa cliente Danone comprou a Paulista, ganhamos um novo negócio com o mesmo cliente.?

Estratégia mundial de crescimento. ?Pretendemos crescer no mundo entre 5% e 9% este ano. Estamos sendo cuidadosos na contenção de custos, diante da realidade econômica atual. Queremos manter uma boa margem de lucratividade. No grupo Young & Rubicam mundial, metade da receita vem de comunicação não-tradicional de publicidade. São as áreas de Relações Públicas, comunicação interativa, design, marketing direto. O cliente quer uma solução completa.?

Valor das marcas. ?Temos o mais sofisticado instrumento de avaliação e pesquisa de marcas do mundo. Nos últimos oito anos, estudamos milhares de marcas nos principais países. Gastamos US$ 50 milhões nos investimentos em pesquisa para conhecê-las. Esse é um bom exemplo como encaramos a concorrência. É o tipo de tecnologia que ajuda o cliente a ganhar confiança.?