O clima anda tenso nos bastidores da poderosa associação nacional das montadoras, a Anfavea. As japonesas Toyota, Honda e Nissan, junto com a francesa Renault e a coreana Hyundai, estariam pressionando para que a presidência da entidade não fique nas mãos apenas das quatro gigantes: Volkswagen, Fiat, GM e Ford. Desde os primórdios, elas se alternam no comando da associação, que hoje é dirigida pelo executivo Antonio Megale, da VW. Seu mandato se encerra neste mês. “O mercado automobilístico mudou, os hábitos dos consumidores mudaram e as demandas da nossa indústria também são outras, mas a Anfeva não acompanhou”, disse um executivo de uma montadora japonesa. O principal ponto de discórdia, segundo ele, é a posição da entidade diante das demandas tributárias e fiscais, além de estar pouco preocupada com questões mais abrangentes. “A Anfavea precisa ser mais focada em eficiência e qualidade. Ir mais ao Vale do Silício e menos a Brasília.”

(Nota publicada na Edição 1100 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Felipe Mendes)