Não foi por acaso que Microsoft e Google agendaram suas maiores conferências anuais para desenvolvedores de tecnologia na mesma semana. As duas companhias querem que os consumidores comparem seus anúncios. Na segunda-feira 7 começou a Build, evento da empresa de Bill Gates. E os participantes viram o CEO Satya Nadella prosseguir na sua missão de tirar o Windows do centro do universo da empresa. A palavra mais ouvida era a integração de vários produtos com a nuvem, com a plataforma Android, do Google, com drones e até de sua assistente digital Cortana com a Alexa, da Amazon. Em meio às boas notícias, Nadella admitiu um adiamento. A meta de atingir 1 bilhão de dispositivos com o Windows 10 não será atingida este ano. Quem sabe em 2019?

 

… e das assistentes

Um dia depois, terça-feira 8, foi a vez do Google I/O, evento coordenado pelo CEO Sundar Pichai. Ali, a palavra de ordem foi inteligência artificial. Durante o dia, o que se ouviu foi como todos os produtos – notícias, mapas, Android, Gmail – vão fazer tudo mais rápido e fácil com cada vez menos esforço do usuário. As máquinas vão selecionar os fatos, organizar as fotos e orientar o turista. Há anos, o Google não apresentava tantas novidades de uma só vez. Mas o que mais impressionou a audiência da conferência foi o desempenho da assistente virtual da Google. Pichai mostrou vídeos em que a assistente conversava com atendentes ao telefone, marcando um corte de cabelo e fazendo uma reserva no restaurante. Não era possível perceber que se tratava de uma máquina falando.

(Nota publicada na Edição 1069 da Revista Dinheiro)