O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que “com certeza” o preço do gás natural vai cair nos próximos dois anos, mas não é possível estimar o porcentual da redução. Citando como referência preços praticados na Europa, Estados Unidos e Japão, ele disse que, no Brasil, o preço da molécula de gás precisa chegar a pelo menos 7 dólares por milhão de BTU.

“Tem gente que estima em até 40% em dois anos a queda do gás natural no Brasil. Temos certeza que o preço vai cair. Que o preço vai cair, vai. Se vai cair 20%, 30%, 40% ou mais não sabemos”, disse. “O nosso tem que cair pelo menos para 8 dólares (por milhão de BTU), pelo menos para 7 dólares (por milhão de BTU), porque nós temos o gás (produção no território nacional)”. Ele citou como exemplo o caso do Japão, onde o preço é inferior ao do Brasil, embora o país não seja produtor e tenha que importá-lo de outros locais.

O ministro disse que o novo programa vai quebrar monopólios e, com isso, “todo mundo quer se juntar ao barco”. “Vem gás da Bolívia, do fundo do oceano, do pré-sal, vem da Argentina, e isso vai derrubar o preço do gás”, avaliou.

Guedes rebateu críticas de que o governo não apresentou programas para o País, citando que o “Novo Mercado de Gás”, lançado nesta terça, vem sendo elaborado há seis meses.

Ele também declarou que inicialmente o governo precisava equilibrar as contas públicas com o encaminhamento da Reforma da Previdência, mencionando os deputados que aprovaram o texto em primeiro turno na Câmara.

“Despertar essas forças produtivas é o que estávamos fazendo desde o início. E com a colaboração claríssima do Congresso. Sempre confiamos no Congresso que vai cumprir missão de remover a ameaça do buraco negro da Previdência nos engolir”, discursou.

Em mais de um momento, Guedes aproveitou para agradecer o presidente Jair Bolsonaro, dizendo que ele permitiu “um alinhamento de astros que torna as coisas possíveis’. “Agradeço ao presidente Bolsonaro pela possibilidade de nos permitir transformar o Brasil. Agradeço a força do presidente, a cooperação dos ministros e das forças políticas.”