O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que “outras reformas virão” e que a Previdência é a primeira porque é algo que tem a capacidade de “afundar o Brasil”. “Vamos cercar pelo outro lado, na reforma tributária, mas se você coloca duas, três coisas no Congresso ao mesmo tempo, começa a procrastinar e atrasar e as reformas acabam não saindo”, afirmou.

Ele relembrou que a equipe vai intensificar a cobrança de dívidas previdenciárias – o foco é ir atrás de R$ 300 bilhões em atraso. “Isso a turma vai atrás de qualquer jeito.” Guedes também criticou as desonerações e renúncia e disse que isso é resultado de impostos altos. “Quem tem pressão política consegue desoneração. É uma interferência indevida do poder econômico comprando influência política. Estamos olhando para isso, é um espaço onde vamos entrar”, completou.

Confisco

Guedes rebateu críticas de deputados que disseram que uma alíquota previdenciária de 22% seria “confisco”. “Isso se aplica a quem está acima do teto [do funcionalismo], ele está ilegal e tem o direito de legislar pra ele mesmo dizendo que pode receber. Nossa obrigação é tentar”, afirmou. “Não pode quem legisla ou quem julga ter aposentadoria muito maior do que a população humilde”.