O ministro da Economia, Paulo Guedes, estimou nesta quarta-feira, 18, que o déficit primário do Governo Central será entre R$ 60 bilhões e R$ 80 bilhões inferior ao originalmente projetado para 2019. A meta do Governo Central para este ano era de déficit de R$ 139 bilhões.

“É perfeitamente possível promover ajuste fiscal estimulando crescimento econômico, empurrando crescimento privado, crédito privado”, afirmou Guedes, durante coletiva de imprensa. “Buscamos agudizar tudo (ajuste), mas compatível com crescimento econômico”, acrescentou, em entrevista coletiva à imprensa ao lado de secretários do ministério que trouxe uma apresentação de balanço para o ano de 2019.

Guedes fez ainda um balanço das ações promovidas em 2019 e citou objetivos do ministério para o próximo ano. “O ano foi difícil, duro, mas foi extraordinariamente produtivo. Encontramos dificuldades pela frente, mas também muita ajuda”, disse Guedes. “Fizemos reformas estruturais importantes. Mas o mais importante é o seguinte: nem começamos.”

Segundo ele, o secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, vai acelerar as privatizações em 2020. “Salim cumpriu a meta dele e vem aí com o ‘fast track‘”, afirmou. “O Salim está dobrando a meta dele.”

Ao citar o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, Guedes o qualificou como o “senhor reforma”. “Tem que dar uma desligada nele, senão vai reformar o Natal também”, brincou.

Já o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, tem como desafio, conforme Guedes, colocar o Brasil entre as 50 melhores economias para fazer negócios.

Em relação ao secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, Guedes afirmou que ele “já sabe onde vai arrumar para derrubar o déficit primário”. “O Waldery vai reduzir mais o déficit”, disse.

Além disso, Guedes afirmou que o secretário especial de Comércio Exterior, Marcos Troyjo, “já tem um plano B se acontecer alguma coisa nessa nossa região”. Guedes não entrou em detalhes, nem deixou claro se a referência feita era ao Mercosul.

O ministro da Economia afirmou ainda que a reforma administrativa será encaminhada “sem mexer em direitos adquiridos”. Além disso, pontuou que muitas iniciativas do governo ainda são subterrâneas. “(Muita coisa) está sendo subterrânea, não está sendo falada muito, mas vai fazer efeito”, disse Guedes, citando o saneamento como um dos exemplos.