O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (16) que a interferência do presidente Jair Bolsonaro na Petrobras causou um custo econômico pesado e que o impacto ainda é uma questão em aberto.

Segundo a CNN Brasil, o ministro disse que avisou ao presidente que a interferência teria um custo econômico pesado. “O que nós dissemos ao presidente é que isto tem um custo econômico pesado. Então, resultado: se o objetivo era baixar o preço do combustível, o que aconteceu com isso [a troca do presidente da Petrobras] foi que os mercados começaram a subir o câmbio, a Petrobras perdeu valor, e o presidente mesmo falou: ‘Mas, peraí, eu quero fazer isso organizadamente’. Aí, mostrou-se ao presidente que tem contratos, e o presidente, o CEO da Petrobras, na verdade, que é o Castello Branco, não terá seu contrato renovado. Por quê? Quer se mexer nessa governança? Isso é uma questão em aberto aí para o futuro. Vamos ver como esse novo presidente da Petrobras vai enfrentar esse problema ali na frente.”

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Depois de várias reclamações contra os reajustes nos preços dos combustíveis, Bolsonaro pediu, em fevereiro, a saída do presidente da estatal, indicando em seu lugar o general Joaquim Silva e Luna.

Segundo a Folha de S.Paulo, nos dias seguintes à interferência, indicadores do País se deterioraram e o valor de marcado da Petrobras chegou a cair R$ 100 bilhões.

Uma assembleia geral de acionistas da estatal está marcada para o dia 12 de abril para debater a aprovação do nome de Silva e Luna e outros indicados pelo governo para o conselho de administração.