O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira que tem liberado mais de R$ 600 milhões ao mês para o Ministério do Desenvolvimento Regional, e que cabe ao ministro Gustavo Canuto decidir quais gastos vai priorizar.

O setor da construção tem reclamado da falta de recursos para os repasses do Minha Casa Minha Vida (MCMV), que chegam a mais de 60 dias de atraso. O programa é um dos afetados pelos cortes no Orçamento deste ano.

“Liberamos mais de R$ 600 milhões ao mês para o ministro Canuto. A decisão de alocação é dele”, disse Guedes após participar de evento com empresários do Nordeste.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, o programa habitacional Minha Casa Minha Vida está na berlinda por conta da falta de recursos no Orçamento de 2020 e já chegou a 2019 com verbas à míngua. Até agosto, R$ 2,7 bilhões foram executados e outros R$ 500 milhões estão garantidos até o fim do ano – um dos quadros de maior aperto no programa desde sua criação, em 2009.

O cumprimento da dotação total de R$ 5,1 bilhões ainda depende de desbloqueios no Orçamento deste ano.