O ministro da Economia, Paulo Guedes, fez nesta sexta-feira, 5, uma série de afagos à classe política em uma palestra no 18º Fórum Empresarial Lide, em Campos do Jordão. Especificamente sobre o presidente Jair Bolsonaro, ele ressaltou que ele tem dado apoio e “está mostrando grandeza extraordinária”.

“Tenho tido total apoio (da classe política). Primeiro, do presidente da República. Não é fácil para ele, ele teve toda uma outra carreira política, e está mostrando uma grandeza extraordinária”, afirmou o ministro.

Ele reconheceu ainda que o presidente é um “homem intenso” e disse que há impaciência na classe política em relação a postura de Bolsonaro. “Todos temos defeitos. Mas vamos ver as virtudes”, afirmou.

Para Guedes, a classe política sabe do tamanho do desafio e entende dos equívocos na economia. “A classe política tem maturidade e liderança suficiente para conduzir a transformação”, disse.

Sobre a articulação política para a reforma da Previdência, Guedes defendeu que, “mesmo que haja dúvida sobre aproximação, é inescapável”.

Ele também fez afagos ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), presentes no evento. Sobre Maia, Guedes disse que ele tem dado “apoio total”. “Ele entende, é experiente, apesar de jovem”, afirmou.

Sobre Doria, ele disse que o tucano é “liderança atuante, construtiva”. “Ele faz reuniões, pensa no futuro”, afirmou.

‘Avaliação cáustica’

O ministro da Economia afirmou que a “avaliação cáustica” do governo de Jair Bolsonaro é “injusta” e vem de desinformação da população. Guedes ressaltou que o governo será liderado por uma aliança de centro-direita que vai ter um governo de liberal democracia no País. “Teremos pelo menos 4 anos, o resto é barulho”, disse.

Ao comentar sobre o resultado das eleições, Guedes voltou a dizer que o “centro de gravidade” político inclinou para a direita, após sucessivos governos sociais-democratas. “A sociedade é sensata”, afirmou. “Nos Estados Unidos não existem só os republicanos, na Inglaterra não tem só os trabalhistas. É natural alternância de poder.”