Passado um ano de governo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, vai promover uma troca de cadeiras após uma avaliação do desempenho da equipe e das metas traçadas ainda na transição. Ele já avisou que fará essa avaliação e poderá fazer um “giro” de alguns integrantes do grupo, de forma a “oxigenar” determinadas áreas do Ministério.

O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, que já manifestou o desejo de deixar o governo depois de um período longo na equipe econômica (ele é remanescente do time do ex-presidente Michel Temer), foi escolhido pelo ministro para ocupar a secretaria executiva do Conselho Fiscal da República, previsto na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do pacto federativo.

A interlocutores, Guedes tem dito que Mansueto é o “eleito” para ser o fiador da nova governança fiscal que será criada, na avaliação do ministro, com a aprovação das medidas apresentadas pelo governo ao Congresso.

Fontes próximas a Mansueto atestam que ele não deixará o governo neste momento. Ele vai sair de férias, o que gerou nova especulação sobre a sua saída. Seu retorno é previsto para o dia 12 de janeiro. Não é a primeira vez que surgem rumores de sua saída, com especulação de desentendimentos com outros integrantes da equipe.

Uma mudança que já está acertada é a transferência do secretário adjunto da Secretaria Especial de Fazenda, Esteves Conalgo, para o gabinete de Guedes. Colnago vai reforçar o time da articulação com o Congresso. Ex-ministro do Planejamento de Temer, Colnago trabalhou na elaboração do pacote e ganhou a confiança de Guedes.

O Ministério da Economia está reforçando a integração com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. A ideia de Ramos e Guedes é que as assessorias parlamentares dos dois ministérios trabalhem de forma mais integrada, enquanto Colnago fica com as relações institucionais.

Novas mudanças também podem ocorrer com a janela de troca de vagas em organismos internacionais que se abrirá nos próximos meses. O atual secretário de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo, é cotado para uma vaga no banco do Brics (o grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O secretário especial de Produtividade, Carlos Alexandre da Costa, também é cotado para vaga no Banco Interamericano (BID). Envolvido em polêmicas, ele sempre contou com o apoio do ministro.

O atual assessor especial do ministro, Caio Megale, que já foi da equipe de Carlos da Costa, vai ocupar uma diretoria na secretaria especial de Fazenda comandada por Waldery Rodrigues. Segundo fontes, Megale será absorvido no lugar de uma dos diretores que vai para o lugar de Colnago.

Waldery é visto como alguém que trabalha na “defesa” e deve continuar no cargo. Já o diretor do Departamento de FGTS, Igor Villas Boas de Freitas, da equipe de Waldery, deixará o posto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.