A luxuosa bolsa Hermès Birkin é o sonho de consumo de mulheres no mundo inteiro. Imagina cortar quatro bolsas da marca para criar uma sandália? Foi isso que o grupo MSCHF, com sede no Brooklyn, fez e está vendendo o par dos chamados ‘Birkinstocks’, que não tem ligação oficial com a marca alemã, por entre US$ 34 mil e US$ 76 mil.

De acordo com a CNN, o grupo gastou cerca de US$ 122,5 mil em bolsas para usar como matéria-prima para criar os modelos de sapatos mais caros do mundo.

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O desembolso não inclui o custo com a sola de cortiça-látex das sandálias, fivela de vermeil de ouro feita sob medida e da produção real do sapato. Além dos custos, os inventores tiveram que quebrar ainda a resistência de trabalhadores que não queriam participar do projeto.

A resistência é justificada, afinal, uma Birkin incrustada com diamantes foi, por duas vezes, a bolsa mais cara já vendida em leilão. Em 2016, foi arrematada por mais de US$ 300 mil e em 2017 por quase US$ 400 mil.

De acordo com material publicado no site do projeto, hoje as bolsas Birkin têm um retorno médio anual de 14% sobre o investimento, batendo consistentemente o S&P 500.

Esta não é a primeira vez que o grupo cria produtos com insumos inusitados. Em outubro do ano passado, o MSCHF vendeu três réplicas pintadas à mão de contas médicas dos Estados Unidos para uma galeria por US $ 73.360, que foram usados para quitar dívidas médicas de três participantes.