Após diversas companhias apoiarem a luta antirrascista, hoje (29) o presidente do Grupo Boticário, Artur Grynbaum, publicou na sua página no LinkedIn um adeus ao termo “Black Friday”. O objetivo da empresa é chamar a atenção do mercado sobre a origem da expressão.

“A dois meses da ‘Black Friday’ nos deparamos com um incômodo recorrente: há anos conversamos sobre a possível origem do termo ‘Black Friday’, sobre a ausência de dados científicos que comprovem que ele realmente não se relaciona à questão da escravatura. Então, respeitando os movimentos que sentem desconforto com o termo, não teremos mais o termo Black Friday no Grupo Boticário”, anunciou Grynbaum.

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O executivo aponta que há riscos de perdas para o negócio, pelo pouco tempo de adaptação da estratégia e do público. Mas diz que a empresa está comprometida em seguir com o projeto mesmo assim.

“Com muito entusiasmo convido aqui minhas e meus colegas, lideranças empresariais em todo o país para se juntarem a nós e repensarem suas Black Fridays, batizando-as com outros nomes, que façam sentido para cada empresa e setor”, explica.

Agora, o Grupo Boticário batizou o período de descontos como “Beauty Week”. O comunicado não ofereceu mais detalhes sobre a mecânica da promoção. O grupo é dono das marcas: O Boticário, Eudora, quem disse berenice?, MultiB, Beauty Box, Vult, Beleza na Web e Eume.

Na publicação, o CEO também ressalta que, em 2019, a companhia criou uma área de Diversidade, Inclusão e Equidade, que pretende implementar projetos que possam ser uma referência no país.