O aplicativo para relacionamento de gays e bissexuais Grindr oferecerá suas ações em bolsas de valores internacionais, informou a BBC News nesta quinta-feira 30. O plano foi apresentado pela controladora chinesa Kunlun Group. A proposta é fortalecer a competitividade e o desenvolvimento do programa.

Em um registro público na bolsa de valores de Shenzhen, o Kunlun Group disse que após a oferta pública inicial (IPO) ter sido concluída, serão feitos acordos de financiamento para apoiar a expansão do Grindr.

O Grindr, com sede em Los Angeles, é uma rede de relacionamentos entre lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. O programa tem mais de 27 milhões de usuários em todo o mundo. O aplicativo pode ser usado de forma gratuita ou com planos de assinatura com recursos adicionais.

Este foi primeiro aplicativo de rede social gay na iTunes App Store. Atualmente está disponível em 192 países, embora seja mais popular na Europa e  América do Norte.

O aplicativo foi fundado em março de 2009 por Joel Simkhai, um imigrante israelense que cresceu em Mamaroneck, no estado de Nova York.

Simkhai criou o Grindr como uma forma de ajudar as pessoas a encontrar outras com interesses semelhantes usando dados de geolocalização. Rapidamente ele ganhou popularidade na comunidade gay por meio do boca a boca e de artigos na mídia.

Em janeiro de 2016, o Kunlun Group comprou uma participação de 61,5% no Grindr por US$ 93 milhões. Em janeiro deste ano, o grupo tomou o controle total ao comprar o restante das ações por US$ 152 milhões. Com a aquisição, Simkhai deixou a empresa.

Mesmo propriedade de uma empresa chinesa, o Grindr não é o aplicativo de encontros gay número um no país. Essa posição é mantida pelo aplicativo Blued, de Pequim, que afirma ter 40 milhões de usuários em todo o mundo.