Depois de uma paralisação entre 20 de abril e 2 de maio, os servidores do Banco Central retomaram a greve nesta terça-feira (3) em busca de reajuste salarial. Eles juntam-se aos funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Ministério do Trabalho e Previdência (MIP), que também estão parados.

As mobilizações ganharam ímpeto com a promessa do presidente Jair Bolsonaro (PL) de dar aumento salarial a policiais. Com a pressão, o governo recuou e anunciou reajuste de 5% a todas as categorias de trabalhadores vinculados à União.

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O valor, no entanto, é considerado insuficiente pelas categoria. Os funcionários do BC pedem recomposição salarial de 27%, além de reestruturação de carreira e exigência de nível superior para concursos de cargos técnicos.

“Em face da intransigência do governo, os servidores do Banco Central em todo o país voltaram a cruzar os braços a partir de 3 de maio. A intensificação do movimento reivindicatório se dá após meses de tentativas frustradas, por parte da categoria, de estabelecer uma agenda negocial com o Executivo”, afirma em nota o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal).

Segundo o Metrópoles, a volta à paralisação ocorreu porque o presidente do BC, Roberto Campos Neto, não promoveu encontro do sindicato com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para tratar do reajuste. O Sinal, que aguarda aumento da adesão entre os grevistas, disse que serviços essenciais, como o PIX e iniciativas do Comitê de Política Monetária (Copom), não serão afetados.

Já entre os funcionários do INSS, a greve passa de 30 dias de duração em Divinópolis (MG). Segundo o G1, já há longa fila à realização de perícia médica para concessão de benefício por afastamento. Em Indaiatuba (SP), a greve completou 40 dias na última segunda (2).

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