Centenas de voos de vários aeroportos europeus foram cancelados ou sofreram atrasados ​​neste sábado (2), em mais um problema que setor aéreo do continente tem enfrentado neste pós-pandemia. As dificuldades no setor foram particularmente sentidas na Espanha e na França, desta vez por causa do efeito de greves.

Quinze voos foram cancelados e 175 foram adiados no aeroporto de Madri em decorrência da greve de tripulantes das companhias Ryanair e EasyJet. Um em cada cinco voos também foram cancelados no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, devido a uma greve dos bombeiros.

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A mobilização da Ryanair e da EasyJet em Madri, duas companhias aéreas de baixo custo, para exigir melhores salários e condições de trabalho coincidiu com o final do ano letivo na Europa e as férias de verão. A greve dos tripulantes da Ryanair na Espanha – onde a empresa tem cerca de 1.900 colaboradores – começou em 24 de junho e a da EasyJet, na sexta-feira passada.

O sindicato local afirmou ainda que o pessoal da Ryanair planejou paralisações em três períodos de quatro dias: de 12 a 15 de julho, de 18 a 21 de julho e de 25 a 28 de julho nos dez aeroportos espanhóis em que a empresa irlandesa opera.

Já os trabalhadores da EasyJet anunciaram greves durante os três primeiros fins de semana de julho para exigir melhorias nas suas condições de trabalho e que estas estejam de acordo com as de outras companhias aéreas europeias.

Aeroportos do Reino Unido e da Holanda também têm enfrentado dificuldades para lidar com o aumento do tráfego no início do ano. Na Alemanha, o problema tem sido agravado pela falta de pessoal disponível nos aeroportos e no quadro de funcionários da empresa Lufthansa.