Em greve parcial desde o dia 17, os servidores do Banco Central planejam uma paralisação completa a partir de sexta-feira (1). Com o objetivo de brigar por melhorias salariais, o movimento grevista pode prejudicar diversos serviços públicos, como as transferências bancárias feitas através dos sistemas do Pix.

Neste momento, os servidores estão deixando de trabalhar em momentos específicos, que vão das 14h às 18h, e o objetivo é forçar o governo federal a adotar uma política de reajuste salarial conforme anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro para os policiais.

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E na rota dessas paralizações, publicações do BC, como o boletim Focus, com as percepções do mercado sobre a economia brasileira, estão saindo com atraso. Estatísticas mensais previstas para essa semana, por exemplo, como os relatórios de contas externas, contas públicas e mercado de crédito, não devem sair conforme o cronograma inicial.

Em entrevista ao portal O Tempo, o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, disse que a adesão dos servidores vai prejudicar o funcionamento adequado de serviços como o Pix. Segundo ele, as transferências serão atingidas e o monitoramento do sistema contra hackers será interrompido, tornando-o suscetível a invasões.

Internamente, funcionários em cargos de comissões, que atuam com gerência e assessoramento, estão entregando os cargos. Mais de 300 cargos foram alvos de renúncias desde a segunda (28) e pelo menos metade dos mil cargos devem ser entregues nos próximos dias.