Depois de 13 dias de paralisação parcial, sem acordo, a greve no transporte coletivo de Sorocaba, no interior de São Paulo, foi ampliada, na manhã desta terça-feira, 11. Os ônibus da Consor, uma das duas empresas que operam o serviço, não saíram das garagens, contrariando decisão judicial que determina 50% da frota em operação o dia todo e 70% nos horários de pico.

A greve total pegou de surpresa os usuários de 50 linhas operadas pela Consor, principalmente na zona norte. Trabalhadores que seguiam para o trabalho ficaram a pé em pontos de ônibus e terminais de embarque.

A Urbes Trânsito e Transportes, órgão municipal de trânsito, culpou o sindicato pelo descumprimento. Já o sindicato alegou que a empresa impediu os motoristas de saírem com os ônibus da garagem, o que foi negado pela Consor. A Urbes registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil e informou que vai reiterar o pedido de ilegalidade da greve.

Os motoristas reivindicam aumento de salário. Em audiência de conciliação realizada no tribunal, na quinta-feira, 6, não houve acordo.

A tutela de urgência fixada pelo juiz relator Hamilton Scarabelin, de 4% de aumento real, vale-refeição de R$ 21 e participação nos lucros de R$ 1,5 mil, foi aceita pela empresas. Os motoristas não aceitaram: querem além dos 4%, mais 1,57% a partir de setembro e participação nos resultados de R$ 1,6 mil. O julgamento da greve está marcado para 9 de agosto.