O governo grego anunciou nesta quarta-feira que irá fechar num futuro próximo os três maiores campos de imigrantes nas ilhas de Lesbos, Samos e Chios, no Mar Egeu.

Esses três campos superlotados serão substituídos por estruturas fechadas de 5.000 vagas cada, construídas nas três ilhas próximas à Turquia, que recentemente viram um aumento nas chegadas de imigrantes.

Essas estruturas triplicarão a capacidade de recepção, que, no entanto, permanecerá insuficiente.

“Descongestionar as ilhas é a prioridade neste momento”, disse o coordenador especial do governo para os migrantes, Alkiviadis Stefanis, em entrevista coletiva.

Os três campos superlotados de Lesbos, Samos e Chios têm uma capacidade total de 4.500 pessoas, mas agora abrigam mais de 27.000.

Os campos serão fechados em uma data que não foi especificada.

As novas estruturas serão fechadas, para que os futuros ocupantes não possam circular livremente nas ilhas enquanto as autoridades estudam seu pedido de asilo.

No caso de resposta positiva, serão enviados para outras áreas da Grécia. No caso de resposta negativa, enviados à Turquia.

Dois outros campos, o de Kos e o de Leros, serão reformados e ampliados, disseram as autoridades.

O governo do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis começou a transferir centenas de requerentes de asilo das ilhas para o continente, com o objetivo de realocar cerca de 20.000 até o final de 2019.

O ministério da Proteção do Cidadão anunciou que 40.000 pessoas chegaram à Grécia nos últimos quatro meses.

Somente no último final de semana, 1.350 pessoas chegaram às ilhas do Mar Egeu, anunciou a Guarda Costeira grega.