Os reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo estão com volumes de água menores do que em relação a 2013, na véspera da última crise hídrica. Segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a diferença no total de volume armazenado é de 19,2 pontos percentuais.

O ano de 2013, mesmo com mais água disponível nos reservatórios, antecedeu a crise de abastecimento de água nos dois anos seguintes. O exemplo ilustra a gravidade do momento atual. A Sabesp atualiza diariamente o volume operacional dos reservatórios.

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Para piorar, a previsão meteorológica aos próximos meses é de poucas chuvas, na esteira da La Niña. O fenômeno altera o padrão dos ventos no oceano e dificulta a chegada de frentes frias da região sul em São

Especialistas consideram esta a pior crise hídrica dos últimos 100 anos. Em pronunciamento em rede nacional nesta terça-feira (31), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, avaliou como “inadiável” o esforço da população para reduzir o consumo de energia.

“O período de chuvas na região Sul foi pior que o esperado. Como consequência, os níveis dos reservatórios de nossas usinas hidrelétricas das Regiões Sudeste e Centro Oeste sofreram redução maior do que a prevista. Esta perda de geração hidrelétrica equivale a todo o consumo de energia de uma grande cidade como, por exemplo, o Rio de Janeiro, por cerca de 5 meses”, declarou Albuquerque.

Veja a situação dos reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo

– Cantareira: volume operacional de 37% – em 2013 era 47,3%

– Alto Tietê: volume operacional de 44,5% – em 2013 era 58,6%

– Guarapiranga: volume operacional de 50,3% – em 2013 era 84,3%

– Cotia: volume operacional de 58,3% – em 2013 era 93,1%

– Rio Grande: volume operacional de 72,4% – em 2013 era 94,6%

– Rio Claro: volume operacional de 43,8% – em 2013 era 98,1%

– São Lourenço: volume operacional de 43,5% – sistema inaugurado em 2018