O Brasil consome pouco seguro. O mais popular é o de automóvel, mas, mesmo assim, cobre cerca de 25%, 30% da frota. Para baratear o serviço, o governo federal decidiu liberar o mercado de seguros de danos no Brasil. A partir de 1º de março, as seguradoras poderão ofertar produtos destinados a proteger o patrimônio das pessoas e das empresas, combinando, com total liberdade, apólices de vida, residencial e de automóveis. De acordo com o diretor da Superintendência de Seguros Privados, Rafael Scherre, a medida visa a baratear o acesso a esses serviços.

“O objetivo da desregulamentação do setor é diversificar os produtos oferecidos, reduzir preços para o consumidor final e ampliar a cobertura do seguro no país”, afirmou. “Os produtos poderão ser estruturados de forma flexível, sem análise prévia ou aprovação das condições contratuais.”

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Segundo o diretor técnico da Susep, Rafael Scherre, em entrevista para O Globo, o emaranhado de regras atuais torna o processo burocrático e caro, o que dificulta o acesso da população aos seguros. “O objetivo da desregulamentação do setor é diversificar os produtos oferecidos, reduzir preços ao consumidor final e ampliar a cobertura do seguro no país. Os produtos poderão ser estruturados de forma flexível, sem análise prévia ou aprovação das condições contratuais”, afirma.

A nova regra já passou por consulta pública e será divulgada nesta terça-feira, 16, pelo órgão regulador. A expectativa da Susep é que, já no segundo trimestre, comecem a aparecer produtos com cara nova no setor. Com a mudança, será possível, por exemplo, fazer um seguro residencial para proteger a casa só quando o morador estiver fora, no trabalho ou em viagens, um sistema de liga-desliga. Esse modelo de contratação intermitente já existe para veículos e permite ao motorista acionar o seguro só quando sai da garagem.

Além de danos como furto e incêndio, o seguro residencial poderá prever assistências e serviços de manutenção de geladeira, máquina de lavar, chaveiro e encanamento. O morador poderá incluir ainda coberturas relacionadas a riscos no transporte, nos deslocamentos para o trabalho.

O seguro do celular , hoje restrito à cobertura de furto, perda e queda do aparelho, poderá abranger proteção de dados, minimizando assim danos com vazamento de informações — cobertura, aliás, que já está no radar das seguradoras.