O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou na manhã desta terça-feira, 31, que o governo trabalha com “umas 20 hipóteses” de mais medidas microeconômicas para criar empregos no País.

Durante a abertura da reunião dos grupos de trabalho do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, em Brasília, Padilha afirmou que não anunciaria ainda nenhuma medida nova, mas que as hipóteses estão sendo consideradas e que o governo quer ouvir sugestões do Conselhão.

“Temos que ter medidas que agora neste momento ajudem a gerar emprego”, afirmou, conforme vídeo do discurso de Padilha divulgado pela NBR. “Nós precisamos ter outras medidas e nós estamos trabalhando com umas 20 hipóteses, mas não vou aqui anunciar nada porque nós queremos ouvir conselhos”, disse, depois de comentar as medidas microeconômicas já anunciadas pelo governo federal – como a liberação de saque das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o que, afirmou o ministro, representa injeção de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no consumo.

Comentando a situação do desemprego no País, após a divulgação de que a taxa de desocupação no Brasil ficou em 12% no trimestre encerrado em dezembro, Padilha afirmou que o desemprego “já parou de cair na velocidade que vinha” e que a situação agora está se estabilizando.

“Parece que a gente já bateu no fundo e está ainda aplainando, porque o desemprego é o último que vem quando vêm as crises”, disse. Padilha não citou diretamente a Pnad Contínua, mas falou que já há indicadores apontando o fim da piora. “De outra parte, na retomada agora, como tem capacidade ociosa, o patrão vai admitir depois da primeira volta neste clico todo (de recuperação) com indústria, comércio e depois serviços.”

Conselhão

Em entrevista à NBR, Padilha disse esperar dos membros do Conselhão sugestões para recuperar os empregos do País. O grupo deve elaborar indicações e apresentá-las ao presidente Michel Temer em março. “O desemprego está começando a ceder, mas temos que não só cuidar do desemprego, mas também do emprego e minha palavra mais forte na reunião de hoje foi de que as sugestões tivessem como pano de fundo o emprego”, afirmou.

Para formular sugestões ao presidente, o Conselhão distribuiu os membros em cinco grupos de trabalho: ambiente de negócios, desburocratização, educação básica, produtividade e competitividade e agronegócio.