O governo federal prepara mais uma onda de anúncios para criar agenda positiva visando a eleição deste ano. Desta vez, a tão prometida correção da tabela do Imposto de Renda, item da campanha de 2018, pode, finalmente, sair do papel.

A ideia da equipe econômica é ampliar a faixa de isenção do IR de R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil. A tabela não é corrigida desde o final do governo Dilma Rousseff (PT) e 2022 marca o sétimo ano seguido sem correção no IR.

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Na campanha de 2018, Bolsonaro prometeu que essa faixa de isenção atingiria trabalhadores com renda mensal até cinco salários mínimos, o que na época era o equivalente a quase R$ 5 mil.

Um cálculo realizado pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), no início do ano, mostrou que mais de 15 milhões de brasileiros estariam isentos do Imposto de Renda, em relação ao ano calendário 2022, se a tabela fosse corrigida pela inflação acumulada desde 1996.

A pesquisa feita pela Unafisco mostra que os trabalhadores que ganham até R$ 4400 não pagariam o IR.

Se ganhar a luz do dia, o anúncio da redução pode ser feito ainda nos próximos dias, segundo o portal Metrópoles. Isso deve acontecer em conjunto com a assinatura do reajuste salarial de 5% para todo o funcionalismo brasileiro.