SÃO PAULO (Reuters) – Com uma economia mais fraca, a carga de energia elétrica no Brasil deverá ter um crescimento de 1,7% em 2022, abaixo dos 2,7% estimados no fim do ano passado, segundo nova previsão conjunta da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS) e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Na primeira revisão das estimativas para o horizonte 2022-2026, os órgãos reduziram a previsão de carga para 70.739 megawatts (MW) médios em 2022, contra 71.373 MW médios esperados anteriormente.

Esse cenário considera um aumento mais fraco do PIB neste ano, de 0,6%, ante 1,3% calculado no fim de 2021.

As projeções de curto prazo passaram a considerar as incertezas no ambiente externo e doméstico, a evolução do conflito na Ucrânia, o encaminhamento das questões fiscais e monetária, além da dinâmica inflacionária, segundo EPE, ONS e CCEE.

“Os impactos que restringem a atividade econômica estão refletidos, em grande parte, nas projeções de 2022 e 2023”, disseram, em comunicado.

Já para o horizonte 2022-2026, os órgãos mantiveram a projeção de crescimento anual de 3,4% da carga, atingindo 80.818 MW médios ao final do período.

(Por Letícia Fucuchima)

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