O governo calcula ter 58 ou 59 votos para aprovar, em segundo turno, a reforma da Previdência nesta terça-feira, 22, no Senado. Além disso, a articulação da equipe econômica é para que não haja nenhuma alteração na proposta durante a votação no plenário, marcada para as 14 horas (de Brasília).

No primeiro turno, o texto-base da reforma foi aprovado com 56 votos favoráveis e 19 contrários. De acordo com o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), a presença maior de senadores favoráveis à proposta assegura uma margem maior no segundo turno.

“Teremos um quórum maior. Tinham cinco ausências no primeiro turno. Poderemos chegar a 58, 59 votos no texto principal e vamos caprichar nos destaques. Os destaques sempre oferecem mais dificuldades, então vamos trabalhar para manter o texto”, afirmou Bezerra, depois da sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que aprovou o parecer sobre as emendas apresentadas após o primeiro turno da reforma.

A presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), comentou que o governo está seguro sobre a aprovação do texto sem novas desidratações.

No plenário, ainda nesta terça-feira, as bancadas poderão sugerir mudanças na reforma.

Fernando Bezerra calcula que até cinco destaques serão apresentados no plenário e votados separadamente. O governo precisa de 49 votos para aprovar o texto principal e para derrubar cada tentativa de modificação.