(Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai relançar o programa Minha Casa, Minha Vida este mês, com foco em um público de baixa renda, disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa neste domingo.

Em entrevista à GloboNews, Costa disse que o lançamento será na Bahia em 14 de fevereiro, no âmbito de várias viagens que o presidente pretende fazer até março para lançar programas que dinamizem a economia e beneficiem rapidamente a população.

“O presidente estará na Bahia, na cidade de Santo Amaro, inaugurando um conjunto habitacional e simultaneamente outros conjuntos em outras cidades, transmitido ao vivo por telão,

serão quase 3 mil unidades inauguradas nesse dia”, disse Costa.

“Nesse dia (14) também publicaremos as novas diretrizes do Minha Casa Minha Vida”, acrescentou. “Eles tinham extinto a primeira faixa, que é a faixa destinada às pessoas mais carentes, então nós retomamos o programa e daremos nessa largada prioridade também para concluir obras paralisadas.”

Segundo Costa, cerca de 120 mil unidades da faixa 1 não foram concluídas e serão retomadas.

O programa habitacional reduziu o ritmo nos últimos anos, com uma série de construtoras optando por diminuir lançamentos no segmento diante da baixa atratividade dos projetos em meio ao movimento de alta de juros e inflação e queda da renda.

As últimas mudanças ocorreram no segundo semestre do ano passado e incluíram aumento da faixa salarial de famílias atendidas.

Costa disse ainda que no dia 15, Lula deverá estar em Sergipe para anunciar a retomada do programa de rodovias, com a duplicação de estradas e novas rodovias.

“É um programa forte e até o final de março vários programas serão lançados nessas visitas do presidente”, disse. Segundo o ministro, Lula deverá ter agendas de viagens e inaugurações em todas as semanas nos próximos dois meses.

Costa disse ainda que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve se reunir com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta semana para iniciar as discussões sobre a nova âncora fiscal.

“Esta semana mesmo ele já vai iniciar as conversações com os presidente das Casas e será um diálogo muito intenso. A nossa vontade é que isso se materialize ainda neste semestre.”

O governo tem até agosto para aprovar um novo arcabouço fiscal que substitua o teto dos gastos.

O ministro da Casa Civil defendeu ainda que a reforma tributária que o governo quer ver aprovada no Congresso traga maior justiça fiscal, revertendo o quadro de uma cobrança maior de impostos dos mais pobres.

(Por Marcela Ayres e Alexandre Caverni)

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