A batalha travada entre o presidente Jair Bolsonaro e governador João Doria em torno da vacinação contra a covid-19 deve ganhar mais um capítulo. Desta vez o centro da disputa é a compra de insumos para a aplicação da vacina. Seringas e agulhas estão em falta em todo o mundo e os fornecedores terão que decidir se entregam a mercadoria para o governo federal ou para o governo de São Paulo.

Nesta semana, o Ministério da Saúde anunciou que vai comprar 300 milhões de kits (seringas e agulhas) para a aplicação da vacina contra a covid. No entanto, a Pasta deixou para fazer o pedido nas últimas semanas deste ano e prevendo e a entrega deve ocorrer durante todo o ano que vem.

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Segundo o Correio Braziliense, em julho, o ministério foi procurado pela Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos), mas deixou para fazer só agora a compra dos insumos.

O Covax Facility, da OMS (Organização Mundial da Saúde), deve liberar cerca de 40 milhões de kits para o Brasil até março do ano que vem, o que ajudaria a dar início à campanha nacional de vacinação.

O governador João Doria tem tentado se antecipar às ações do governo federal, mas não teve sucesso. Já foram realizadas três licitações, mas devido ao preço ou dificuldade em cumprir os prazos de entrega nenhum contrato foi fechado.