O governo de São Paulo decidiu prorrogar a obrigatoriedade do uso de máscaras até 31 de janeiro. A decisão considerou a disseminação de novas variantes da covid-19, especialmente a Ômicron, e também o aumento de casos de gripe em parte do País.

“Lembrando que sempre para modificação de alguma estratégia, nós continuamos nos baseando tanto no número de casos, internações e mortes, e também, de situações novas, como as próprias variantes. Tudo isso vai nos guiar em qualquer estratégia”, disse o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn.

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No fim de novembro, a gestão João Doria (PSDB) chegou a anunciar a liberação do uso ao ar livre a partir de 11 de dezembro, mas voltou atrás na semana seguinte, antes da mudança entrar em vigor.

A Prefeitura de São Paulo confirmou na sexta-feira, 17, três casos de transmissão comunitária da Ômicron. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, duas mulheres, de 22 e 65 anos, e em um homem, de 30, estavam com a variante sem passagem recente por outro País ou contato com algum viajante que tenha chegado do exterior. Ao todo, há ao menos 13 diagnósticos positivos para a cepa na capital paulista.

O Estado São Paulo teve uma média móvel (calculada com base nos dados dos últimos sete dias) de 371 novas internações diárias no domingo, 19. A taxa está em crescimento desde 10 de dezembro, quando foi de 269, a menor de toda a pandemia. No auge da segunda onda, a média de hospitalizações foi de 3.399, em 26 de março.

O uso de máscaras é obrigatório no Estado de São Paulo desde 1º de julho de 2020. O descumprimento da determinação pode ser punido com multas de R$ 552,71, por pessoa física, e de R$ 5.294,38 por estabelecimento. Segundo o governo, 78,4% da população estimada do Estado está com o esquema vacinal completo.