O governo do Estado de São Paulo não deve reduzir o intervalo da segunda dose da vacina AstraZeneca. A coordenadora do Programa de Imunização do Estado, Regiane Paula, disse que a antecipação não deve ocorrer no Estado em entrevista coletiva realizada neste domingo (11), quando foi anunciado o novo do calendário de vacinação de adultos e a imunização de adolescentes de 12 a 17 anos.

O prazo entre as duas doses foi reduzido por alguns Estados na tentativa de ampliar a proteção da população contra a variante delta do novo coronavírus. O Ministério da Saúde sugere que intervalo entre as duas doses seja de 12 semanas.

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O presidente do Departamento de Imunização da Sociedade Brasileira de Pediatria, Marco Aurélio Sáfadi, explicou que o intervalo de 12 semanas tem melhor resposta imune.

“Mas o motivo principal para essa estratégia é porque se se encurta intervalo e se população não tem acesso, aqueles indivíduos que não tomaram dose nenhuma levaram mais tempo para ter acesso”, explicou.

Ele destacou que ao estender intervalo oferece a chance de receber a vacina com mais brevidade ajuda a prevenir vida e reduzir o número de hospitalizações. “Estudos de mundo real são inequívocos em demonstrar que a proteção da primeira dose é muito efetiva e robusta contra formas graves da doença. É uma
opção de saúde pública para democratizar acesso da vacina à população”, explicou Sáfadi.