Por Oliver Griffin

BOGOTÁ (Reuters) – O governo da Colômbia e o comitê nacional de greve, composto por grandes sindicatos e grupos de estudantes, continuarão conversando nesta segunda-feira na tentativa de encerrar quase um mês de violentos protestos antigoverno.

As manifestações, que começaram no final de abril, são marcadas por atos de violência de policiais e civis.

Na manhã desta segunda-feira, a Procuradoria-Geral confirmou 17 mortes ligadas diretamente aos protestos, mas um grupo local de direitos humanos relata mais de 40 pessoas supostamente mortas pelas forças de segurança.

Oito dias de conversas entre o governo e líderes de protestos resultaram em pré-acordos significativos que devem fortalecer o direito de protestar pacificamente, disse o escritório do Alto Comissário da Paz em um comunicado na manhã desta segunda-feira.

“Os representantes do governo continuam com disposição e apoio à obtenção de um consenso”, disse o comunicado.

Prévias de um acordo futuro foram acertadas, reconheceu Francisco Maltes, presidente da União Central de Trabalhadores (CUT), em uma mensagem de vídeo após uma reunião no domingo, mas alertando que o governo precisa honrar seus compromissos.

“O governo tem que cumprir”, disse.

Os protestos, convocados originalmente contra uma reforma tributária já descartada, passaram a incluir exigências como uma renda básica, o fim da violência policial e oportunidades para os jovens.

((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))

REUTERS PF

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