Os brasileiros vão sentir o impacto ainda maior da conta de luz nos próximos meses. Diante da gravidade da crise hídrica, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o Ministério de Minas e Energia  anunciaram nesta terça-feira (31) uma nova bandeira tarifária, chamada de ‘escassez hídrica’, que trará aumento de 6,78% na tarifa média dos consumidores regulados.

O novo valor da taxa extra é de R$ 14,20 pelo consumo de 100 kWh e começa a valer nesta quarta-feira (1º) e vai até o dia 30 de abril de 2022. Até agora, o valor cobrado era de R$ 9,492.

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“Tendo em vista o déficit de arrecadação já existente, superior a R$ 5 bilhões, e os altos custos verificados, destacadamente de geração termelétrica, foi aprovada determinação para que a Aneel implemente o patamar específico da Bandeira Tarifária, intitulado ‘Escassez Hídrica’, no valor de R$ 14,20 / kWh”, anunciou André Pepitone, diretor-geral da Aneel, em coletiva, conforme a CNN.

O governo disse que consumidores de baixa renda que aderem à tarifa social não serão afetados pelas novas regras da bandeira tarifária, sendo mantido o valor atual.

A tarifa média no Brasil é de R$ 60, segundo Pepitone. Considerando a bandeira tarifária válida atual, a conta ficava em R$ 69,49. Porém, com novo valor,  este mesmo cliente vai ter que desembolsar R$ 74,20.

A bandeira vermelha tem sofrido reajustes recorrentes nos últimos meses. No patamar 1, que vigorou até maio, o valor extra era de R$ 3,971 a cada 100 kWh; em julho entrou em vigor a vermelha patamar 2, com custo adicional de R$ 9,492 a cada 100 kWh; e agora a nova tarifa de R$ 14,20.

A alta do preço ocorre em meio à maior estiagem enfrentada pelo Brasil dos últimos 91 anos, o que obrigou que o sistema de geração de energia tivesse ajuda de usinas termelétricas, cujo custo de operação é bem mais alto.