O caixa do governo central registrou um superávit primário de R$ 9,451 bilhões em outubro. O resultado, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, sucede o déficit de R$ 22,979 bilhões de setembro. Em outubro de 2017, havia sido positivo em R$ 5,073 bilhões.

O resultado é o melhor desempenho para os meses de outubro desde 2016, quando os recursos arrecadados com o programa de repatriação geraram um saldo positivo de R$ 40,872 bilhões no mês.

O dado de outubro ficou acima das expectativas do mercado financeiro, cuja mediana apontava um resultado positivo em R$ 2,500 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast junto a 14 instituições financeiras. O dado do mês passado ficou fora do intervalo das estimativas, que foram de déficit de R$ 9,009 bilhões e um superávit de R$ 7,500 bilhões.

De janeiro a outubro, o resultado primário foi de déficit de R$ 72,323 bilhões. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era negativo em R$ 104,493 bilhões.

Em 12 meses, o governo central apresenta um déficit de R$ 93,7 bilhões – equivalente a 1,35% do PIB. Para este ano, a meta fiscal admite um déficit de até R$ 159 bilhões nas contas do Governo Central.

As contas do Tesouro Nacional – incluindo o Banco Central – registraram um superávit primário de R$ 22,671 bilhões em outubro, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 29, pelo Tesouro. No ano, o superávit primário acumulado nas contas do Tesouro Nacional (com BC) é de R$ 96,013 bilhões. As contas apenas do Banco Central tiveram déficit de R$ 356 milhões em outubro e de R$ 860 milhões no acumulado do ano até o mês passado.

Já o resultado do INSS foi um déficit de R$ 13,221 bilhões no mês passado. De janeiro a outubro, o resultado foi negativo em R$ 168,336 bilhões.

Receitas e despesas

O resultado de outubro representa alta real de 5,0% nas receitas em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas tiveram alta real de 2,6%. No ano até outubro, as receitas do governo central subiram 6,0% ante igual período de 2017, enquanto as despesas aumentaram 2,3% na mesma base de comparação.