As contas do governo central registraram um déficit primário de R$ 19,293 bilhões em fevereiro, o melhor desempenho para o mês desde 2015. Em relação ao ano passado, o rombo diminuiu 28,8%, o que significa uma diferença de R$ 7,8 bilhões. O resultado reúne as contas do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central.

O resultado do segundo mês do ano foi melhor do que a mediana das expectativas do mercado financeiro, que apontava um déficit de R$ 21,200 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast junto a 21 instituições financeiras. O dado do mês passado ficou dentro do intervalo das estimativas, que estava entre déficits de R$ 31,000 bilhões a R$ 8,530 bilhões.

No primeiro bimestre deste ano, o resultado primário foi de superávit de R$ 11,763 bilhões, o melhor resultado para o período desde 2013. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era negativo em R$ 8,332 bilhões.

Em 12 meses até fevereiro, o governo central apresenta um déficit de R$ 106,2 bilhões – equivalente a 1,61% do PIB. Para este ano, a meta fiscal admite um déficit de R$ 159 bilhões nas contas do governo central. Na semana passada, o governo elevou o bloqueio no Orçamento para R$ 18,2 bilhões, a fim de evitar o descumprimento da meta.

As contas do Tesouro Nacional, incluindo o Banco Central, registraram um déficit primário de R$ 4,821 bilhões em fevereiro. No acumulado do ano, o superávit primário nas contas do Tesouro Nacional (com BC) é de R$ 40,689 bilhões. As contas apenas do Banco Central tiveram déficit de R$ 4 milhões em fevereiro e de R$ 63 milhões nos dois primeiros meses do ano. O resultado do INSS, por sua vez, foi um déficit de R$ 14,472 bilhões no mês passado. Já no acumulado do primeiro bimestre, o resultado foi negativo de R$ 28,926 bilhões.

Receitas

As receitas do governo tiveram em fevereiro alta real de 9,8% em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas tiveram redução real de 0,6% na mesma base de comparação.

No primeiro bimestre, as receitas do governo central avançaram 10,3% ante igual período de 2017, já descontada a inflação. Enquanto isso, as despesas subiram 0,6% na mesma base de comparação.