O governo federal teria, na quinta-feira (28), uma reunião com a Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, além de representantes dos caminhoneiros para entender a demanda do grupo, sobretudo a política de reajuste de preços de combustíveis da Petrobras. Mas a reunião foi cancelada.

O motivo, segundo foi informado pela Secretaria de Articulação Social ao presidente da Frente e deputado federal, Nereu Crispim (PSL-RS), envolve um ruído na comunicação sobre os presentes na reunião. O governo argumenta que notícias foram veiculadas informando que ministros estariam na reunião, o que não seria verdade.

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Segundo a Folha de SP, o Palácio do Planalto avalia que Crispim estaria se promovendo às custas do governo e decidiu tornar a reunião maior do que seria quando informou que ministros participariam do encontro. Com isso, o governo rompeu com o parlamentar, apontado por lideranças dos caminhoneiros como o articulador oficial da categoria em Brasília.

Em sua defesa, Crispim alega que é deputado fiel ao governo, mas que Jair Bolsonaro e Paulo Guedes só “trabalham para banqueiro e investidor da Bolsa de Valores” e que os R$ 400 de auxílio prometidos aos caminhoneiros por Bolsonaro na semana passada são “esmola”.

Além disso, o deputado elencou o ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, como pessoa de “conversa fiada”. O ministro se tornou interlocutor da categoria logo no início do governo, mas Crispim afirma que ele nunca conseguiu resolver uma pauta junto ao Executivo.