O governo Jair Bolsonaro (PL) liberou bônus salarial a diretores de empresas estatais que são dependentes do Tesouro Nacional, mesmo que sejam deficitárias. A remuneração extra, segundo a Folha de São Paulo, é de 1,5 salário mensal, que chega a R$ 32,5 mil nessas empresas, ou seja, gratificação de até R$ 48,75 mil a cada diretor.

Esse tipo de pagamento era previsto apenas a estatais superavitárias e sem dependência do Tesouro, como a Petrobras. Em 2021, porém, o Ministério da Economia regulamentou o pagamento às empresas que dependem de recursos do Tesouro, mesmo as que não apresentam lucro.

O pagamento extra aos diretores que requisitaram o bônus pode alcançar R$ 1 milhão.

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Em nota ao jornal, o Ministério da Economia diz que, para receber esse bônus, as empresas devem apresentar aumento de receita ou redução de despesa em pelo menos três vezes o valor total da bonificação dos responsáveis pela gestão.

Entre as empresas que pediram a aprovação do plano de bônus neste ano estão: CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), CPRM (Serviço Geológico do Brasil), EBC (Empresa Brasil de Comunicação), EPL (Empresa de Planejamento e Logística S.A.), Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.), HCPA (Hospital de Clínicas de Porto Alegre) e Nuclep (Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A).

Outras empresas ainda podem manifestar interessa pela remuneração extra até o final do mês. Ainda há estatais, como a Embrapa, que recusaram o dinheiro.

Algumas dessas empresas estatais, como e EBC, contam militares em suas diretorias que acumulam salários das Forças Armadas e benefícios pagos pelas empresas.