Em evento realizado no auditório do Ministério da Saúde, em Brasília, nesta quarta-feira (5), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a inclusão de crianças entre 5 e 11 anos no plano de vacinação contra a Covid-19. A novidade é que o governo não vai exigir prescrição médica à imunização de pessoas desta faixa etária, como chegou a especular.

A vacinação de crianças será feita com o imunizante da Pfizer, que foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância (Anvisa). A vacina contém uma fórmula pediátrica exclusiva e diferente do imunizante de adultos.

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As crianças serão vacinadas em ordem decrescente de idade: dos mais velhos aos mais novos, com prioridade a quem tenha comorbidade ou deficiência permanente. As duas doses serão aplicadas em um intervalo de oito semanas.

Será necessária uma autorização por escrito apenas se a criança não tiver pai ou mãe responsável presente no ato da vacinação.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há pouco mais de 20 milhões de crianças entre 5 e 11 anos. O Ministério da Saúde encomendou 20,5 milhões de doses, o que seria suficiente apenas ao primeiro ciclo da imunização.

“Não sabemos ainda qual será a taxa de adesão dos pais a esta vacinação. Os (novos) pedidos dependem da velocidade de vacinação e da capacidade de entrega da indústria”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em coletiva.

O secretário de vigilância em saúde, Arnaldo Medeiros, apresentou dados sobre a pandemia causada pelo coronavírus nos últimos anos. Segundo as informações do ministério, houve um total de 152 óbitos por Covid-19 de crianças entre 5 e 11 anos em 2020 e 2021.

As doses pediátricas da vacina devem chegar ao Brasil a partir da segunda quinzena deste mês de janeiro. E serão distribuídas aos estados de acordo com critérios populacionais e o percentual de crianças da faixa etária em cada unidade federal.

“Nossa decisão está em sintonia com a decisão de outros países, como Canadá, França, onde aconteceu um processo semelhante ao nosso, com consulta à sociedade civil, o que deve ser estimulado à construção de políticas públicas. O ministério ouve a todos para buscar consensos necessários para seguir em frente com evidência científica e de acordo com a legislação”, finalizou Queiroga.

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