Um estudo da KPMG mostra que mesmo quando o conceito de sustentabilidade é recortado à capacidade de uma companhia existir perenemente, o caminho rumo à excelência é longo.

De acordo com o levantamento, 73% das empresas brasileiras pesquisadas não possuem um plano de continuidade de negócios bem estruturado. Desse total, 40% encontram-se no estágio 1 de maturidade: não possuem estratégia alguma nessa direção, o que significa que não conseguiriam responder com eficiência a um evento com impacto na continuidade de negócios.

Outras 33% estão no estágio 2, em que o mecanismo até existe, mas não identifica nem direciona todos os eventos que possam afetar as operações. Somente os 27% restantes têm um plano de continuidade estruturado e abrangente.

“É imprescindível ter em mente que todas as corporações estão expostas a riscos — e o que diferencia as bem-sucedidas das demais é a maneira como agem quando uma crise é instalada”, disse o sócio-diretor da KPMG, Luís Navarro. Os motivos para explicar a falta do plano mostram a gravidade do problema. Para 46% das empresas falta clareza em relação aos benefícios de um plano estruturado, 68% indicam que têm outras prioridades e 75% culpam a falta de cultura em gestão de risco.

Evandro Rodrigues

(Nota publicada na edição 1258 da Revista Dinheiro)