O Google rejeitou nesta terça-feira (10) uma ação movida pelo grupo Match, dono do Tinder, pelo monopólio de sua loja de aplicativos, e respondeu que se trata de uma campanha “de interesses”, que coloca o dinheiro acima da segurança do usuário.

A resposta do Google vem um dia após a denúncia apresentada pelo aplicativo de encontros em um tribunal federal de São Francisco, na qual acusa a empresa de abusar de sua posição dominante na Play Store, loja de conteúdo digital para smartphones com o sistema Android.

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“Esta é apenas a continuação de uma campanha de interesses do grupo Match para evitar pagar pelo valor significativo que recebe das plataformas móveis onde construiu seus negócios”, disse um porta-voz do Google à AFP.

O litígio ocorre como parte de uma batalha iniciada pela Match, Epic Games e outros fabricantes de softwares para forçar a Alphabet, empresa controladora do Google, e a Apple a afrouxarem o controle em suas respectivas lojas de aplicativos.

O Google mudou as regras de sua plataforma Play Store para exigir que os fabricantes de aplicativos usem seu próprio sistema de pagamento, do qual captura até 30% das transações, de acordo com um documento judicial. Também disse que removerá aplicativos do grupo Match se eles não seguirem a nova regra, segundo o grupo de demandantes, medida que descreve como uma “sentença de morte”.

“Este é um caso de manipulação estratégica de mercado, promessas quebradas e abuso de poder”, criticou o Match. O Google respondeu que o Match é livre para disponibilizar publicamente seus aplicativos em qualquer outro lugar, inclusive em seu próprio site.

Embora a App Store seja a única porta de entrada para conteúdo nos dispositivos móveis da Apple, os usuários de smartphones e tablets com sistema Android podem baixar aplicativos por sua conta e risco de outras fontes que não a Play Store do Google.

Apesar de ter outras opções, o Match afirma que os usuários acessam o conteúdo pela Play Store em 90% dos casos.