A mudança do entendimento sobre as leis de aborto nos Estados Unidos, provocada no fim de junho pela Suprema Corte, provocou discussões sobre privacidade dos dados e como eles podem ser utilizados contra mulheres em casos de aborto ilegal. Em algum ponto o burburinho criado falava sobre a responsabilidade das empresas de tecnologia em proteger esses dados.

O Google publicou que vai apagar automaticamente dados sobre visitas a clínicas de aborto, clínicas de perda de peso e outras localizações consideradas sensíveis. Para as mulheres que acompanham seu ciclo menstrual na FitBid, o relógio fitness da empresa, a função de apagar os dados já está disponível e deve receber atualizações em breve.

Apesar de ser um passo na direção certa, isso não significa que as mulheres estão 100% protegidas. Medidas como usar navegador anônimo, não compartilhar informações de gravidez nas redes sociais e usar uma VPN ainda são recomendadas.

(Nota publicada na edição 1282 da Revista Dinheiro)