Nesta Black Friday são muitas as opções de pagamento para o consumidor. Cartão de crédito, boleto ou pix estão sendo adotados pela maioria das empresas para não deixar de vender. 

Na outra ponta, os compradores precisam se precaver de golpes financeiros que acontecem. Para quem opta pelo tradicional boleto bancário e o pagamento à vista, é necessário cuidado em dobro porque o ressarcimento é ainda mais complicado. 

+Black Friday ou Black Fraude: como os e-commerces podem se proteger dos fraudadores?

Como acontece

O golpe do boleto se resume ao envio de um boleto falso para a vítima, que acaba fazendo um pagamento que não vai para a conta da loja, mas sim para a conta de um golpista. Os fraudadores podem conseguir seus dados tanto por meio de um vazamento ou então pela modalidade de phishing, quando mandam uma oferta falsa por meio de um link de uma página que é praticamente igual às das grandes varejistas.

“Geralmente essas operações são feitas em lote. Eles mandam essa promoção muito atrativa, ela fica vigente por pouco tempo, mas como a informação circula de uma forma muito rápida, o prejuízo está feito. Quando o cliente volta para aquele link, ele não existe mais”, explicou o advogado Gustavo Gonçalves Gomes, sócio do núcleo estratégico consumerista da SiqueiraCastro.

Atualize o antivírus e fique atento com as informações do boleto 

Há também alguns vírus que trabalham no sentido de modificar ou gerar boletos falsos no seu computador. 

A professora Ines Brosso, especialista em cybersegurança e professora da Universidade São Judas, orienta que o consumidor sempre tenha um programa antivírus atualizado no computador ou no celular para escapar dessa fraude. 

Além disso, outra atenção necessária é com as informações presentes no próprio boleto, que podem dar pista de que algo está errado.

“Verifique sempre o código de barras do boleto, os três primeiros dígitos correspondem ao número do banco e os dez últimos, ao valor a ser pago. Além disso, sempre verifique os beneficiários e informações como CNPJ, CPF ou nome da razão social”, apontou. 

Em casos de pagamentos que precisam ser feitos todos os meses, a professora explica que o ideal e seguro é ter um cadastro de Débito Direto Autorizado (DDA) no seu banco.   

Caí no golpe: o que eu faço?

Diferente de golpes no cartão de crédito, onde existe o seguro da operadora, reaver o prejuízo depois do golpe do boleto é bem mais complicado. 

Como o valor sai da sua conta na hora e o fraudador muitas vezes usa as informações de um laranja, é difícil reaver esse prejuízo, por isso a atenção na hora de comprar é muito importante. 

“Faça pesquisas na internet e desconfie quando o desconto for muito generoso. Dentro do código de defesa do consumidor temos uma questão de quando é culpa do fornecedor ou da vítima. Nesse caso as empresas não podem ser penalizadas se não ficar claro que não houve responsabilidade direta”, apontou Gomes.  

Mesmo assim é muito importante que o consumidor faça um Boletim de Ocorrência na polícia, acione canais de denúncias como o Procon do seu estado e o Reclame Aqui e informe as lojas, se for o caso do falsário estar se passando por alguma grande rede varejista.