A República brasileira ainda não tinha completado dez anos quando um atentado político abalou o País. Em 5 de novembro de 1897, um praça do Exército tentou matar o presidente Prudente de Moraes a tiros e acabou assassinando com um punhal o ministro da Guerra, marechal Carlos Machado Bittencourt no Rio de Janeiro, então capital federal. Já no século 20, também no Rio, o senador Pinheiro Machado, que era vice-presidente do Senado, morreu esfaqueado por um desempregado em 8 de setembro 1915.

O atentado contra Prudente de Moraes e o assassinato de Bittencourt foram cometidos pelo soldado Marcelino Bispo de Melo quando o presidente da República e o general que venceu a Guerra de Canudos chegavam ao Arsenal de Guerra, no centro do Rio, para recepcionar tropas vitoriosas que voltavam do conflito na Bahia. O soldado disparou a arma de fogo contra o presidente, mas não acertou. O marechal Bittencourt então partiu para cima do soldado, que o estocou duas vezes no peito com um punhal. Marcelino foi preso imediatamente, mas as investigações sobre as causas do atentado acabaram comprometidas com sua morte, dois meses depois, quando foi encontrado enforcado em um lençol na cela onde estava preso.

Pinheiro Machado – A morte do senador gaúcho causou grande comoção em 1915. Ele estava na frente de um hotel quando foi apunhalado nas costas por Francisco Manso de Paiva Coimbra. Preso, o assassino, que alegou ter agido sozinho, por motivos políticos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.